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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Serviços para sua criação.

Gaiolas com 6 repartições em Madeira - R$ 130,00

Gaiolas com 6 repartições em Alvenária - R$ 150,00

Ferro - R$ 200,00

Galinheiro com 1 M X 1,50 M X 1 M em Madeira - R$ 120,00

Galinheiro 1,20 M X 1,50 M X 1 M em Alvenaria - R$ 150,00

Ferro - R$ 280,00

Pinteiro 1,30 M X 1 M X 0,80 CM em Madeira - R$ 100,00

Pinteiro 1,30 M X 1 M X 0,80 CM em Alvenária - R$ 130,00

Ferro - R$ 170,00



* Somente para Governador Valadares e Alpercata (MG)

Telefone: (33) 32786369

Falar com Renaldson

domingo, 17 de julho de 2011

Chocadeiras de Isopor

Uma solução simples e barata, caso você tenha pequenas quantidades de ovos fertilizados e pretenda chocá-los, e construir uma incubadeira de isopor. É uma chocadeira que será útil não apenas aos ovos de codorna, mas também a ovos de outras aves.Para a construção desta incubadeira, você precisará dos seguintes materiais:



• uma caixa de isopor com um volume aproximado de 50 litros, ou seja, com 45 cm de comprimento x 35 cm de largura x 38 cm de altura;



• uma placa de vidro (de vidraça) medindo 12 cm x 24 cm;


• 50 cm x 40 cm de tela plástica de trama fina e resisten¬te;


• duas ripas de madeira de 1 cm de espessura, cada, com 37,5cm de comprimento x 1 cm de altura;


• duas ripas de madeira de 1 cm de espessura, com 26,5cm de comprimento x 1 cm de largura;


• 47 pregos de metal;


• cinco seringas descartáveis de 50 ml;• duas seringas descartáveis de 5 ml;• uma chapa de isopor de 30 cm x 30 cm;


• 19 parafusos de plástico;


• 30 cm de cano de PVC de 4 cm de diâmetro;


• um bocal de lampada;


• uma lâmpada de 15 watts e 110 volts, transparente; uma tomada elétrica(aconselho 2 pois se uma queimar voce tem outra);
• 1 metro de fio elétrico comum;


• 10 cm de arame liso;• 20 cm de fio de náilon (de pesca);


• um prato de metal, redondo, com 15 cm de diâmetro e 3 cm de profundidade;


• duas canaletas de metal com 35 cm de comprimento x 4 cm de largura x 4 cm de profundidade;


• um tubo de cola branca


INCUBADEIRA


Adquirido o material, inicie a obra construindo a tampa da chocadeira. Para isso, recorte com cortador de isopor, numa das laterais menores, um retângulo de 29 cm de altura x 31 cm de largura. Este deve ser corta¬do em diagonal (como mostra a figu¬ra); assim, a tampa terá maior durabi¬lidade.A seguir, faça uma abertura de 10 cm de altura x 22 cm de compri¬mento. Ao redor deste vazio, corte um retângulo de 12 cm x 24 cm, mas o talho deve ser feito até a metade da espessura do isopor. Destaque esta moldura com cuidado.Feita a abertura, encaixe a placa de vidro (visor) sobre as dobras, fixan¬do-a com cola branca. Depois, cole a moldura sobre ele.Para abrir a tampa, fixe um pouco acima da placa de vidro, a ponta de um êmbolo de seringa de 50ml. Fir¬me este puxador fazendo um corte em cruz e utilize-se de cola. A tranca desta tampa será feita com o suporte para a agulha que se prenderá ao pu¬xador com o fio de náilon.A bandeja onde serão depositados os ovos é feita juntando-se as quatro ripas em forma de retângulo, fixando cada canto com dois pregos. A se¬guir, cubra-o com tela que se fixará com pregos de metal. Para evitar que estes se enferrujem, passe cola sobre eles.A ventilação nas chocadeiras se dará através de onze aberturas circu¬lares, sendo que sete (na parte supe¬rior) tem um diâmetro de 4 cm, en¬quanto que as outras quatro (na parte inferior) tem apenas 1 cm.Os círculos menores serão corta¬dos perto dos pés da incubadeira, co¬bertos com tela e revestidos com tu¬bos de seringas de 50ml, que auxilia¬rá fixação da tela.Também os círculos maiores serão cobertos por telas (com exceção do círculo central), porém revestidos


com pedaços de cano de PVC, cola¬dos com cola. A disposição deles será a seguinte: quatro ficarão em cada canto da caixa, dois no centro de cada metade e o sétimo no meio da parte superior. Neste último, será en¬caixado um soquete da lâmpada que se fixará com arame.Não despreze as tampas de isopor que foram cortadas, pois serão apro¬veitadas para aquecer a incubadeira.A partir do 14° ao 15° dia, é neces¬sário baixar a temperatura e a umidade da chocadeira porque os fetos au¬mentam a temperatura interna em 2°C e precisam de mais ar. Para isso são feitas janelas retangulares de 10 cm x 12 cm. Faça-as cortando, dia¬gonalmente, ao redor dos dois círcu¬los centrais, de cada metade, na par¬te superior da caixa. Utilize pedaços de êmbolos de seringas de 5ml como puxadores. Nas janelas são feitas marcas (nos lados de 10 cm) que indi¬carão a abertura delas de acordo com o período. A primeira marca é feita a 1,5cm da borda e a segunda a 3 cm também da borda.Quanto ao interior da chocadeira, a bandeja se apoiará em suportes com forma de trapézio (21 cm na base maior, 15 na menor e 4 cm de altura). Estes apoios são feitos com o que sobrou do corte do visor. Cada supor¬te é fixado por três parafusos plásti¬cos, nas maiores laterais da caixa, a 6,5cm do fundo da caixa de isopor.A seguir, prenda em cada lateral um trapézio com a mesma medida dos anteriores, a uma distancia de 4 cm dos apoios da bandeja. Na base maior destes trapézios, cole abas de isopor de 25 cm de comprimento x 4 cm de largura. As canaletas de água ficarão sobre as abas. Estas canale¬tas, por sua vez, poderão ser de metal ou de plástico. Para o primeiro caso, devem-se usar metais inoxidáveis (flan¬dres, alumínio etc.), ou ainda, se o metal for oxidável. é recomendável passar uma boa camada de zarcão para evitar a ferrugem. Sob a bandeja de ovos, coloque um prato de água. Verifique para que ele não esteja sobre os círculos de ventilação.Construída a chocadeira de isopor, fixe a parte- de cima sobre a caixa com parafusos de plástico. A seguir, coloque em cada um dos cantos, na parte inferior da caixa, um êmbolo de seringa de 5Oml e, assim, você terá os pés da incubadeira.
SAIBA COMO USAR:
Instale a chocadeira num lugar fresco e calmo para evitar que se der¬rame a água das canaletas. Para usar a incubadeira prepare-a 24 horas an¬tes de colocar os ovos. Encha as ca¬naletas e o prato com água. Depois li¬gue a tomada e utilize os tampões para fechar as quatro aberturas da parte superior.Reserve para os 16 dias de incuba¬ção, no mínimo, cinco lâmpadas que serão usadas em caso de emergên¬cia. Caso falte eletricidade, não mexa nos ovos até que ela volte.Passado 24 horas do funcionamen¬to da chocadeira, coloque os ovos. Se você os depositou no refrigerador (10° a 15°C), ponha-os na chocadeira antes que comecem a "transpirar".Não se deve mexer no aparelho durante 48 horas. Decorrido esse período, retire os tampões de isopor das quatro aberturas da parte supe¬rior e mova os ovos de modo que fi¬quem em pontos diferentes da ban¬deja, sem que varie as quantidades de calor a ser fornecida a eles. Para esse trabalho, estabeleça um horário fixo, reservando duas horas do dia, até três dias antes do nascimento das codorninhas.A cada três dias, complete a água da incubadeira no horário em que o sol estiver intenso.O resfriamento da chocadeira tem inicio no antepenúltimo dia do nasci¬mento, deslocando as janelas da par¬te superior até a primeira marca. Fal¬tando dois dias, mude as janelas para a segunda marca e, apenas no último dia, retire-as definitivamente.As codorninhas devem ser retira¬das somente após 24 horas do nasci¬mento. OvosO Ovo é uma célula produzida por uma fêmea, com a capacidade de se desenvolver em um novo indivíduo. O desenvolvimento pode acontecer tanto dentro do corpo da mãe como fora, quando então terá uma capa protetora de calcário a casca. O vitelo nutre o embrião em desenvolvimento. Ovos que se desenvolvem dentro da ave mãe, geralmente têm pouco vitelo, pois o embrião é nutrido pela própria mãe. Ovos que se desenvolvem fora, também podem possuir pouco vitelo caso eles sejam de animais cujos recém nascidos passam por um estágio larval e que se alimentam enquanto não atingem a fase adulta. Os ovos com casca das aves contêm vitelo suficiente para sustentar o embrião até o nascimento de uma versão jovem do adulto.
Perguntas mais freqüente sobre incubação de aves:
1- Quanto tempo os ovos podem ser armazenados até serem colocados na chocadeira? Depende da temperatura ambiente. Os ovos podem ficar 1 a 2 dias (em 34ºC), 4 dias (em 30ºC) e até 7 dias ou mais (em 28ºC) antes de serem chocados na chocadeira.
2- Como guardar os ovos? Retire-os todos os dias dos ninhos (os ovos não devem Ter contato com o chão), de preferência guarde-os em cartelas próprias sempre com o bico para baixo. Evite colocá-los em geladeira, pois podem perder umidade, ou lugares muito quente (acima de 34ºC). 3- A temperatura do ambiente prejudica os ovos? Sim, em lugares muito frios (abaixo de 4ºC) os embriões podem morrer e em lugares muito quente acima de 34ºC o embrião começará a desenvolver-se.
4- Devo botar na chocadeira ovos trincados ou rachados? Não. Pois a temperatura dentro da chocadeira fará com que os ovos estourem, sujando e infectando os outros ovos.
5- Depois de ligada a chocadeira e ajustada a temperatura como colocar os ovos? Depois de estabilizada a temperatura da chocadeira vá colocando os ovos deitados em fileira na grelha deixando espaço para que os mesmos possam ser movidos.
6- Com quantos dias depois posso começar a mexer os ovos? Depois de postos na chocadeira mexer cuidadosamente após 3 dias (ou 72 horas), sempre devagar e no mínimo 3 vezes ao dia.
7- Tem horário rígido para o meximento? Não, porém lembre-se que são pelo menos 3 vezes ao dia, preferencialmente uma vez pela manhã, uma vez à tarde e outra à noite.
8- Como deve ser o meximento? Nunca puxe a ponta da grelha que fica na gaveta em movimentos vai e vem. Você deve apenas puxá-la na primeira mexida, empurrá-la na Segunda e puxá-la novamente na próxima e assim por diante até faltar um dia para a data prevista do nascimento (ver tabela de eclosão no manual do usuário).
9- Posso abrir a(s) gaveta(s) para verificar os ovos? Não recomendamos fazê-lo, pois dependendo das condições ambientais externas (que varia de cidade para cidade) podem haver perdas durante o nascimento. Entretanto aqueles que desejarem arriscar devem fazê-lo à noite, com a chocadeira desligada, após 1/3 do tempo de eclosão da ave (p.ex. galinha » 21x1/3 » 7dias) e com a maior brevidade possível. Os que não estiverem fecundados poderão ainda ser aproveitados em bolos, tortas etc.
10- Como saber se estão fecundados? Os ovos devem ser examinados com o bico para baixo e sob um feixe lateral de luz. Os ovoscópios de luz monocromática (p. ex. a raios laser) são os melhores para visualizar detalhes do embrião, entretanto qualquer bom ovoscópio pode revelar o contraste que caracteriza a fecundação.
11- Retirados os ovos não fecundados posso colocar outros ovos no espaço daqueles retirados? Não recomendamos, pois geralmente altera as condições de temperatura, umidade e oxigenação naquele momento.
12- Perto do dia do nascimento o que devo fazer? Na véspera do dia da eclosão evite mexer os ovos, pois os pintos já buscam a posição adequada para eles nascerem. Após o nascimento, deixe-os no mínimo duas horas dentro da chocadeira e no máximo 6 horas (eles podem atrapalhar o nascimento dos demais pintos, apesar de terem reserva nutritiva para até 48 horas sem comida). Aqueles que possuírem uma nascedeira devem utilizá-la para evitar a infecção da chocadeira com as fezes dos pintinhos.
13- Quanto tempo devo tirar os ovos da chocadeira? Espere até dois dias após o período de eclosão estabelecido para a ave (ver tabela de eclosão no manual do usuário) para então realizar a limpeza na chocadeira.
14- Após a retirada dos ovos que não nasceram, posso colocar imediatamente novos ovos na chocadeira? Não recomendamos. A chocadeira deve ser limpa com solução anti-séptica e em seguida permanecer de 8 a 12 horas sob ventilação (com as gavetas retiradas e a porta inferior aberta).
15- Depois de tirados da chocadeira quais os cuidados que devemos ter com os recém nascidos? Se você não tem o pinteiro (ou criadeira) poderá improvisar um utilizando uma caixa de papelão ou madeira com piso abrasivo (para evitar o aleijamento das aves). Uma fonte de calor (lâmpada de 40W) e um ou mais bebedouro de passarinho são essenciais para evitar altos índices de mortalidade, bem como ração de crescimento de boa qualidade (rica em proteínas). A água do bebedouro tem que ser trocada diariamente, pois a higiene nos primeiros dias é muito importante.
16- A alimentação das aves-mães influi na taxa de nascimento em chocadeiras? Sim. Aves-mães devem ter tratamento diferenciado em termos de ração (rica em proteínas e sais minerais) e suplementos alimentares (vitaminas e aminoácidos)
17- Como a consangüinidade pode afetar as aves recém-nascidas? Depende da ave. Em codornas o incesto causa nascimento precoce (14 dias) e os pintos não se desenvolvem como seus pais (raquitismo). Em gansos os ovos podem nem sequer nascer. Em galinhas caipiras a consangüinidade é bem tolerada e seus efeitos podem levar anos para serem percebidos.
18- Quanto tempo pode faltar energia elétrica sem prejudicar a chocada? Durante as primeiras 48 horas no máximo 15 minutos, após esse tempo, é tolerada até quatro horas a partir de então começam as perdas (que depende da ave).
19- Podemos anotar nos ovos a data que eles estão indo para a chocadeira? Sim, mas somente com carvão vegetal ou lápis grafite. Nunca com tinta ou esmaltes, pois o ovo respira pela casca. 20- Existe uma proporção macho-fêmea ideal para aperfeiçoar a fecundação? Depende da ave. Em codornas é de um macho para quatro fêmeas (1»4), em galinhas de raça aprox. 1» 5, em gansos é de aprox. 1»3 etc.
21- Posso chocar aves de diferentes espécies ao mesmo tempo na mesma chocadeira? Sim. Desde que haja faixas de temperatura em comum. Por exemplo, em 37,5ºC (99,5ºF) pode-se chocar galinha, angola, codorna e pata. A taxa de nascimento não será máxima para todas as aves porque a temperatura não é a ótima para todas elas e também o período de eclosão por ser diferente altera as condições dentro da chocadeira.
Dicas • A estocagem dos ovos não deve ser superior a sete (7) dias.
• A temperatura para estocagem é de 12,7o C, e a umidade de 75%. • Os ovos estocados devem ser girados no mínimo duas vezes por dia.
• Os ovos devem ser estocados com a ponta para baixo.
• O transporte dos ovos deve ser feito com bastante cuidado, evitando que não haja impactos, abafamento ou exposição sol.
• A coleta dos ovos deve ser feita pelo menos duas vezes por dia para evitar que as aves antecipem a incubação.
• O controle sanitário, a idade e a alimentação das matrizes, devem ser rigorosos. Vermifugar o plantel anualmente, usar água limpa e fresca e ração balanceada, são também imprescindíveis.
• As regulagens de temperatura e umidade são muito importantes.
• Para chocadeiras que trabalham com cargas múltiplas, recomendamos o uso do nascedouro (eclodidor), para que não haja contaminação dos ovos durante o nascimento.
• Em chocadeiras que não dispõe do giro automático, os ovos deverão ser virados, no mínimo, três vezes ao dia. • Recomendamos lavar os ovos de ganso, pato e marreco com bombril e água, antes de colocar para chocar
• Evite ficar abrindo a chocadeira. Só abra quando necessário e no máximo três vezes ao dia.
• Havendo dúvida quanto à procedência dos ovos, recomendamos que se faça uma ovoscopia antes de colocá-los na chocadeira.

domingo, 19 de junho de 2011

Briga de Galos: A festa milenar que ainda resiste.



Por Fernando Arroyo León
Da Efe

Pinturas, ilustrações e outros documentos localizam os galos de briga na China há cerca de 2.500 anos. Também na antiga Roma, a dos circos e coliseus onde se sacrificavam outros animais e até humanos, se criava estas aves, assim como no Paquistão, na Índia e no Egito.

A Espanha as levou para a América Latina, onde se mantiveram apesar de grupos defensores dos animais buscarem sua extinção, ao considerar que são práticas anacrônicas que violam os direitos mais básicos da vítimas: "não serem maltratadas nem morrer por simples diversão dos humanos".

Quem as defende, sustenta que a morte de um galo de briga é "mais digna" que o sacrifício de milhares de frangos nas fazendas avícolas.

Na Espanha, só nas Ilhas Canárias e na Andaluzia são permitidas, assim como em poucas regiões dos Estados Unidos, e embora sejam proibidas, sua prática é clandestina nas Filipinas.

Em Porto Rico é considerado um esporte nacional e em algumas regiões do México são motivo de uma devoção quase religiosa, enquanto em Colômbia, Venezuela, Nicarágua, República Dominicana e Peru se distinguem pela criação de "galos finos" para as brigas.

A rinha de galos, um fervor latente

O fervor em relação a estas aves no Equador elevou para quase dois milhões o número de seguidores e para 1.500 o de criadores desta espécie milenar, da qual vivem direta ou indiretamente entre 60 mil e 100 mil famílias, segundo seus partidários.

O governo colocou em alerta todos os criadores de galo de briga equatorianos quando anunciou uma consulta popular que incluía a proposta de eliminar os espetáculos no qual animais são mortos por diversão.

No entanto, a Corte Constitucional modificou o texto, que agora proíbe os espetáculos que tenham como "finalidade" a morte do animal, o que afeta as touradas, mas não as brigas de galos, segundo o governo.

Nas brigas frequentemente as aves morrem, mas não é este o objetivo, segundo afirma Guillermo Lomas, criador e dono do "Palenque Revuelos", da localidade de Calderón, norte de Quito, que ressalta que os galos são criados para vencer, "não para morrer".

Para Lomas, a criação de galos e as brigas não são somente uma torcida, um esporte ou uma expressão cultural, mas "uma forma de vida, é o melhor da vida".

Os galos de briga têm "características genéticas" próprias para lutar em um espetáculo no qual o povo se diverte, mas também fica nervoso, impetuoso e até frenético, embora sem chegar a um estado de violência.

Devoção

Atrás de seu palanque, Lomas tem uma criação de mais de uma centena de aves, a grande maioria delas para a briga e muitas com ascendência "nobre", pois têm sangue espanhol, mexicano ou dominicano.

Abrigos especiais enchem o grande pátio, onde Lomas e sua família passam a maior parte de seu tempo no cuidado das aves, distribuídas por idades.

Desde pequenos, os galos fazem honra a sua raça e com quase cinco centímetros de altura já desafiam outros de sua mesma idade, embora haja alguns, os mais bravos, que desafiam os maiores, que os afugentam com suas asas.

No galinheiro, ficam os especiais, que estão próximos a ir para a arena, ao centro do palanque, para duelar com desconhecidos que chegam "de todo o país e do estrangeiro", segundo Lomas.

Ele lembra que quando começou em seu palanque venceu com um galo "verde-fava", um grande exemplar que, além da vitória, lhe deu sorte para continuar com a herança de seu pai e seu avô.

Seus filhos também seguiram a tradição e junto com suas esposas colaboram na organização da jornada de brigas no palanque, que começa às oito da noite e pode se estender até as seis ou sete da manhã.

O palanque abre suas portas

Um juiz vigia para que a briga transcorra sem contratempos, sem trapaças, enquanto os "carregadores" ou os próprios criadores encorajam suas aves para que devolvam na rinha com ferocidade todos os carinhos que receberam durante anos.

O palanque é um lugar fechado, uma pequena praça com um tablado, que conta com escadarias e áreas para analisar os galos, para seu descanso, sua pesagem e seu "calçado", onde lhes põem as esporas.

Filas de "galleros" colocam suas aves lado a lado, para averiguar qual é a adequada para uma dupla de briga. Se dois "galleros" concordam, suas aves irão para a briga, mas antes devem ser pesadas para descartar qualquer vantagem, depois são "calçadas" e finalmente vão para a briga.

Os "carregadores" são os homens de confiança dos "galleros", que os contratam para que façam a ave brigar.

Outro cargo de confiança é o dos "calçadores", pois colocar as esporas poderia definir uma briga, por isso que fazem seu trabalho com paciência e com método. Escolher a espora adequada para o galo é parte da "ciência desta profissão".

"É como quando se colocam as luvas nos pugilistas, mas mais que isso, se precisa saber em que disposição exata se coloca, pois uma pequena variação poderia ser prejudicial para o próprio galo", adverte uma "calçadeira", enquanto calcula o ângulo exato no qual deverá ir a espiga de metal para que a ave não se enrole em sua própria "arma".

"Na rinha, saber sobre galos e a sorte influi no resultado do combate, e os apostadores se esmeram para conhecer de onde provém a ave e se seu criador é reconhecido por apresentar vencedores, diz Lomas.

No entanto, esclarece que nenhum "gallero" pode prever se seu galo irá vencer, "pois houve vezes nas quais aves desconhecidas venceram famosas".

"Isso é o bonito deste jogo, porque todo 'gallero' cria seu animal para que vença, não para que perca", assegura uma das centenas de pessoas que vai ao "Palenque Revuelos".

Cabalas e lembranças apimentam a tradição "gallera"

A coragem das aves se percebe quando as plumas de seus pescoços se eriçam e seus bicos apontam para as cristas de seus oponentes. Os carregadores os soltam e é aí que começa uma espécie de dança entre dois galos que querem se matar.

Bicadas, piruetas, revoos e batidas de asas fazem parte de uma boa briga, embora também os trejeitos, gritos e gestos dos torcedores o sejam. A condição física da ave é importante, também o cuidado e preparação, embora nunca falte esse elemento que faz com que um galo saia vivo de difíceis batalhas: a sorte.

Por isso, os "galleros" têm suas cabalas e sabedorias próprias, embora de tanto ver brigas os torcedores também adotaram algumas delas. O uso de chapéu, a medalha de Nossa Senhora no bolso, uma pluma, a moeda da sorte e até a companheira são alguns dos amuletos.

As apostas são simples, de um dólar até 50 por briga no Equador, embora os números possam aumentar de forma exorbitante dependendo da fama das aves. "Dou vinte". "Vamos dez a oito"... "Vamos", e a aposta está pactuada, o vencedor receberá a quantidade oferecida e o perdedor terá, por lei "gallera", que pagar o estabelecido.

"Se alguém aposta um dólar terá que ter esse dólar no bolso e, embora não aconteça, se não pagar, então o tiro da rinha", relata Lomas. Ele também ri e nega categoricamente o rumor de que algumas vezes se apostam as companheiras. "Isso jamais, não é certo, jamais apostaram isso que o senhor diz... As esposas, jamais", afirma.

"Aqui se aposta dinheiro", repete com voz de riso, mas fica sério ao pronunciar a frase célebre de seu grêmio: "Palavra de 'gallero' é palavra de cavalheiro. A palavra de um 'gallero' vale mais que uma escritura pública".


Matéria retirada do site MSN BRASIL

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Polêmica das brigas de galos.

A polêmica das brigas de galo

Adeptos da prática insistem em dizer que não há lei que proíba os embates

Maurício Gonçalves/Gazeta de Alagoas





Combate divide opiniões e enquanto para uns significa lazer (Foto: Marcelo Albuquerque)

Crime ou cultura? Esporte ou maldade? Aposta ou tradição? Além da rinha, as polêmicas cercam as brigas de galo. Lá dentro, as aves atacam. Cá fora, os homens debatem. Os adeptos da prática milenar, chamados de galistas, estão reduzidos a uma minoria. São enquadrados na lei de contravenção penal por jogo de azar e na lei de crimes ambientais por maus-tratos aos animais. Só não baixam a crista.

“Não existe lei que proíba o combate de galos no Brasil”, destacam seus defensores. Uma decisão recente da Justiça autorizou o embate galináceo em rinhas paraibanas e fortaleceu a causa. O esporte (como é tratado por alguns) também é liberado em outros Estados, como Pernambuco e Mato Grosso. Na maior parte dos recantos onde é proibido, lutas acontecem às escondidas e autoridades fazem vista grossa.

Aqui em Alagoas, não. A repressão é constante. Há pouco mais de um ano, cerca de 200 policiais rodoviários federais atuaram na maior apreensão de galos combatentes do Estado. Foi um tiro de misericórdia para galistas e criadores: 381 animais foram recolhidos e mais de 120 pessoas detidas. A partir daí, uma série de impasses implodiu os objetivos dos mandados de busca e apreensão e expôs a fragilidade da legislação sobre o tema.

Galistas devem iniciar “guerra” a favor da descriminalização

Discriminados e perseguidos, os galistas tentam se organizar para iniciar uma “guerra” judicial pela descriminalização da “atividade cultural” em Alagoas. Eles estudam a legislação, debatem argumentos e querem criar a Associação de Galos Combatentes do Estado para sair do anonimato. A entidade deve ter uma representatividade legal para substituir o extinto Galo Clube de Alagoas e a antiga Associação de Criadores de Raça Pura.

Estima-se que haja mais de 500 galistas em Maceió e cerca de 1.500 a 2 mil em todo o Estado. Isso sem contar os meninos ou criadores amadores que têm um ou dois galos no quintal de casa e colocam para brigar no meio da rua. Segundo os representantes da categoria profissional, nenhuma rinha está funcionando desde a operação policial de novembro de 2009. Muitos desistiram da criação ou reduziram bastante o número de galos.

Criadores explicam como se dá o combate

Após quatro dias de insistentes contatos, um dos galistas não só decidiu se identificar como abriu as portas de uma rinha improvisada para a nossa reportagem. O funcionário público Bartolomeu Alves acompanhava e promovia brigas de galo desde criança. Outros adeptos mostraram suas criações, deixaram-se até fotografar, mas não quiseram dizer o nome.

Bartolomeu afirma que desistiu da atividade e se desfez de cerca de 60 galos após a operação policial de 2009. Mas nos guiou até a criação de um amigo, num local que eles pedem para ser mantido em sigilo, mostrou como se dá a preparação física das aves para a luta e realizou um “traquejo”, uma espécie de treinamento entre dois galos.

O local tem uma rinha abandonada, cercada por espuma de colchão, no meio do chiqueiro (lugar onde os galos ficam presos à noite). Foi lá que os adversários traquejaram. “Como é um bicho muito quente, que se movimenta muito, temos que molhá-lo bem (antes da luta ou do treino) para ele ficar tranquilo por uns quinze minutos. Demora mais a cansar”, diz Bartolomeu.

Rinha está fechada há seis anos

No ringue, os lutadores não querem saber se é treino ou para valer. Asas musculosas transformam os saltos em pequenos vôos. Na descida, as patas se antecipam, miram o peito ou a cabeça do adversário. O sangue quente ferve nos olhos vermelhos, sempre fixos no outro ocupante do tambor. Pernas firmes no chão evitam a queda. Contragolpe com o bico, recuada estratégica e “clinch”, os galos engancham os pescoços, como boxeadores cansados.

É um embate cheio de estratégias. “No início, eles se estudam e ficam se unindo para se poupar. Depois de uns dois ou três minutos, em média, a briga começa para valer”, explica Bartolomeu. Após mais de dez minutos de demonstração para registro fotográfico, o criador pediu para recolher os animais. “Já estão cansados”.

Bem antes da fase de traquejos, os cuidados com alimentação, prevenção de doenças e preparação física são fundamentais para formar um galo campeão. Segundo Bartolomeu, um bom galo de briga já chegou a custar R$ 4 mil, R$ 5 mil, caracterizando um negócio lucrativo. Tanto que algumas pessoas se dedicam apenas a criar os animais, fazer cruzamentos genéticos para tirar uma boa raça e vendê-los. “Mas isso foi antes dessa apreensão grande, hoje o mercado está desvalorizado”, lamenta Bartolomeu.

“São cenas de terror”, diz inspetor

No torneio, as lutas são definidas de acordo com o peso e a altura. Os galos têm em média de 3 kg a 3,5 kg, mas a diferença máxima entre dois competidores não pode ser mais do que 50 gramas.

O prazo máximo de cada combate é 45 minutos, divididos em dois tempos. Em regra geral, o primeiro tempo é de vinte minutos e o segundo, de 25 minutos. No picadeiro principal, aconteciam os primeiros combates. As lutas que se esticavam, iam para a disputa do segundo turno nos tambores menores.

“O nocaute é mais difícil, acontece quando o galo fica arreado, como se estivesse com o joelho no chão. Aí o juiz segura o outro e conta o tempo de 25 segundos para ele se reerguer”, explica a fonte da Gazeta.

Decisão judicial é criticada

O veterinário do Centro de Triagem de Animais do Ibama, Marius Bellucido, contesta o argumento dos galistas de que as aves lutam por instinto puro, e não porque foram treinadas e preparadas em cruzamentos de raças. “Você pode ter certeza absoluta que no habitat natural, por exemplo, na China, se o animal briga com outro pelo território ou pelas fêmeas não há maus-tratos. Mas se o homem usa um cativeiro, aplica métodos para deixá-lo mais feroz, medicamentos para aumentar a performance e o leva para brigar é completamente diferente”, afirma Marius.

Para o veterinário, não se deve levar em conta o argumento de que se trata de uma prática de tradição. “Vale lembrar que a escravidão já foi um comércio legalizado no Brasil. Em outros tempos, a luta de gladiadores era uma tradição permitida, mas a sociedade evolui. Não é mais tolerável que se coloque dois animais para lutar, existem leis que claramente consideram isto maus-tratos e coíbem esta prática”.

Marius Bellucido acompanhou a apreensão dos 381 galos. Segundo ele, “trinta ou quarenta” aves foram levadas para o órgão federal, e não 17, como contaram os galistas. “Estes animais são abatidos e descartados, parte deles serviu para alimentação de outros animais, a maioria foi doada para o sistema carcerário”.

Magistrada diz ter acompanhado criações de animais de perto

Para a juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública da Paraíba, Maria de Fátima Ramalho, as autoridades que coíbem a prática estão desinformadas sobre o assunto. “Eu tive o cuidado de acompanhar as criações, presenciei in loco. Trata-se de um prática cultural milenar, que em outros países é regulamentada por lei, mas no Brasil não tem uma legislação própria. Muitas vezes, os animais apreendidos são até sacrificados, então me parece que o mau-trato maior é a morte”.

O mandado de segurança com pedido de liminar solicitado pela Associação de Criadores e Expositores de Raças Combatentes proibiu os órgãos fiscalizadores da Paraíba de coibir as rinhas, aplicar multas e deter os criadores. Logo no início da sentença, a juíza declara:

“Ao contrário do que dizem os ‘ambientalistas’, o galismo está disseminado em todo o mundo (…), o esporte não visa mutilar, ferir ou maltratar os denominados ‘galos de briga’, mas tão somente fazer aflorar no animal suas características genéticas inerentes à luta territorial, raça e tudo mais. É assim com as vaquejadas, cavalgadas e rodeios, estes últimos, movimentam milhões e milhões de reais, a exemplo do tão famoso e conhecido Rodeio de Barretos”.

GazetaWeb

Isso é a justiça?




Para quem não sabe do que se trata essa foto e esse post no blog, eu explicarei a vocês.


Esse é o trabalho do IBAMA e de mais alguns orgãos que dizem está fazendo justiça com relação a criação e preservação dos galos combatentes.


Agora me respondam o quê tem de justiça em pegar galos de seus criadores onde eles estava sendo criados e tratados com toda a dedicação para matar a todos eles?


Dai aparecem milhares de ignorantes que querem ser contra a briga de galo e dizem que querem parar com isso, más quero que todos saibam que jamais conseguiram pois ninguém ensina um galo a tacar o outro ou a começar a brigar a única coisa que os criadores fazem é tratar o galo para que ele tenha mais fôlego durante o combate.


Os galos de combate mesmo se não forem á rinhas eles irão brigar e matar outros galos do mesmo modo por que isso já vem com ele desde o nascimento. Essa vontade de brigar não pode ser estimulada e nem sequer pode ser dissipada deles, Isso já nasce com eles e de qualquer forma eles sempre estarão prontos para matar qualquer outro galo que encontrarem em seus caminhos.


Então peço a todos para que tenha pelo menos um pouco de bom senso caso não tenham conciencia exata do que são genes (referente a genética) , para que pelo menos tentem abri a cabeça para que outros possam explicar. Não fiquem parados no tempo esperando com que isso mude por que você vai envelhecer e morrer e elas não irão mudar e assim será até o fim do mundo.


E para todos vocês que querem a liberação da criação e da briga de galos combatentes liguem para o tele-senado pelo número 0800-619619 e peçam a aprovação da lei número 4548/98.


Desde de já agradeço a todos que puderem e quiserem ajudar. E aos ignorantes que continuarem achando que ensinamos os galos a brigarem só posso dizer que sinto muito pela ignorancia deles.